quinta-feira, 12 de março de 2009

O Amigo de um Amigo Meu


Hoje é uma manhã cinza de sexta-feira, apesar do sol. O coração nublado pela dor dá à barriga aquela sensação vazia, incompleta, de que algo não está no seu devido lugar. E não está mesmo. Ontem à noite, alguém nos deixou. Um amigo de um amigo meu. Seu nome era, é, e sempre será, Leopoldo.


Não tive muito contato com ele, mas posso afirmar com certeza que sempre fui recebido com muita festa por ele, como todos aqueles que o encontravam . Sempre bem-humorado, feliz, de bem com a vida. É difícil encontrar alguém assim nos dias de hoje, tão desprendido de tudo, dinheiro, casa, viagens. Seu único interesse? Amor! Foi sempre só o que pediu...e o que forneceu.


Na casa desse meu amigo estão todos tristes, arrasados, afinal Leopoldo vivia lá. Mesmo com a idade avançada, parecia criança pequena se divertindo. Se alguém perguntar ao meu amigo qual a principal qualidade de Leopoldo, ele responderá: companheirismo. E isso posso testemunhar que ele era mesmo. Sempre disposto, cheio de energia, alegre!


Mas tudo nessa vida é efêmero, e Leopoldo, assim como todos nós um dia, teve que partir para o próximo estágio, onde tudo é um pouco melhor. Ao meu amigo e sua família sobram saudades e lembranças. Memórias de toda uma vida de alegria, satisfação e acima de tudo amor incondicional. Lições deixadas por alguém que nos mostrou que todos nós poderíamos ser um pouco mais cachorros.

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